sábado, março 16, 2024
Em frente
sexta-feira, março 15, 2024
Sofrível
sábado, março 09, 2024
Lei de Murphy
terça-feira, março 05, 2024
O rei já ia nu
Como é bom de ver pelo resultado final, o que se passou foi um completo descalabro, cujos sinais, convenhamos, já estavam presentes desde há muito. Perante a lesão do Bah, o Aursnes voltou para a lateral-direita, com o Morato a regressar à equipa para a esquerda, e o Tengstedt na frente em vez do David Neres. E foi do dinamarquês a nossa única verdadeira oportunidade de golo, ao atirar por cima quando só tinha o Diogo Costa pela frente, com o resultado ainda a zeros. O CRAC abriu o marcador aos 20’ pelo Galeno, que estava completamente sozinho(!) na área num canto, com o Trubin a ficar mal na fotografia, porque ficou a meio do cruzamento. O Rafa teve o nosso único remate à baliza ainda na 1ª parte, defendido pelo guarda-redes, antes de o CRAC fazer o 0-2 em cima do intervalo, também pelo Galeno, num lance em que o António Silva foi demasiado anjinho.
Na 2ª parte, entraram o Álvaro Carreras e o Florentino para os lugares do amarelado Morato e do Kökçü, mas o CRAC acabou com o jogo logo aos 55’ com o 0-3 pelo Wendell, numa bola desviada ainda pelo Florentino, em que me pareceu que o Trubin se lançou um pouco tarde. O Schmidt fez mais duas substituições logo a seguir, entrando o David Neres e o Arthur Cabral para os lugares do Di María e Tengstedt, mas o descalabro começou a antever-se quando o Otamendi se fez estupidamente expulsar por duplo amarelo aos 61’ (um capitão do Benfica, especialmente já tendo jogado naquele antro, não pode ser expulso desta maneira!). A partir daqui, estava na cara que o CRAC viria para cima de nós tentar a goleada. Algo que nós nunca fazemos em situação semelhante (basta lembrar o jogo da 1ª volta na Luz...)! Ainda falharam duas bolas de baliza aberta pelo Nico González de cabeça e pelo Galeno, mas aos 75’ fizeram o 0-4 pelo Pepê, num remate em que o Trubin é muito mal batido, com a bola a entrar no poste mais próximo. Em cima dos 90’, fizeram o 0-5 pelo Namaso de cabeça. Ambos estes golos nasceram do nosso lado esquerdo e mostraram as enormes limitações que o Álvaro Carreras tem a nível defensivo.
Numa partida destas, claro que praticamente ninguém se salvou. A única excepção foi o João Neves, que foi o único a perceber o que defrontar este adversário significa. Ele e os adeptos do Benfica que estiveram presentes no estádio, que não se coibiram de se fazer (e bem) ouvir quando já estavávamos a perder 0-4.
Sem nenhuma ordem de importância, vou então justificar o título do post:
1) Sim, tínhamos ganho os quatro jogos frente a adversários directos até à passada 5ª feira, mas convém não nos deixarmos cegar pelos resultados. Na Supertaça, com um pouco mais de qualidade do CRAC, poderíamos ter chegado ao intervalo a perder por 0-3; no jogo frente a eles no campeonato, estivemos com mais um desde os 19’ e ganhámos à rasca; em Braga, foi o Trubin que nos salvou na 2ª parte; contra a lagartada na Luz, estávamos a levar um banho até ficarmos a jogar contra 10 e só demos a volta completa já nos descontos. Já para não falar da vergonhosa campanha europeia deste ano.
2) A gestão do plantel pelo Schmidt é verdadeiramente patética. Dou o exemplo do Vizela: 5-0 ao intervalo, jogo resolvido, segundo de seis jogos em 17 dias(!), o que faz o nosso treinador? Tira o Rafa para pôr o... Di María! Jogador jovem a precisar de ter minutos de jogo, certo...?! Quando é que roda mais a equipa? Aos 88’(!) com duas substituições...! O Arthur Cabral estava finalmente a marcar golos e a jogar bem, e o que faz o Schmidt? Mando-o para o banco em Guimarães e utiliza-o intermitentemente desde aí... E há muitos mais exemplo, eu não estou é para escrever os Maias...
3) Seis jogos em 17 dias e qual é o nosso meio-campo nos cinco últimos? João Neves e João Mário...! Tirando o frente ao Vizela, em que não podia jogar por estar castigado, em 360’ possíveis, o Florentino jogou... 69’! Claro que, se fosse numa eliminatória europeia fora e na casa dos nossos dois maiores rivais, seria gravíssimo, mas como estamos a falar de jogos fáceis, fez sentido, não foi...?!
4) A equipa leva um amasso na 2ª parte em Toulouse e que reacção se vê do nosso banco? Nenhuma. A equipa não consegue sair a jogar na lagartada na 1ª parte e que reacção se vê no nosso banco? Nenhuma. A equipa perde todos os duelos no meio-campo em Mordor na 1ª parte e que reacção se vê do nosso banco? Nenhuma. Não há nada que venha do banco que possa ajudar a equipa. E isto passa-se há n jogos. Mesmo a brilhante ideia de jogar sem um ponta-de-lança frente ao Portimonense em casa só resultou em golos, porque marcámos o primeiro muito cedo na 2ª parte e mais dois em contra-ataque em três minutos. Não esqueçamos que a 1ª parte foi hedionda...!
5) No ano passado, podíamos ter colocado o CRAC a 13 pontos e concentrarmo-nos nos quartos da Champions e todos nos lembramos do que aconteceu, depois de inclusivamente sermos os primeiros a marcar! Estão a ver isso acontecer ao contrário...? Pois, eu também não! Trocando as equipas, com uma expulsão aos 20’ como na 1ª volta, estão a ver não sermos goleados...? Pois, eu também não! Esta equipa do CRAC é de longe a mais fraca dos últimos largos anos, mas entrou em campo no domingo da maneira que entra sempre contra nós, ou seja, com os dentes de fora. Estão a ver isso acontecer ao contrário...? Pois, eu também não!
6) Isto está a ser igual ao Lage: primeira época a jogar um futebol de sonho, campeões, e segunda um verdadeiro pesadelo (sete pontos de vantagem à 3ª jornada da 2ª volta desperdiçados naquela altura)! O que é que se passa com o Benfica?! Será só culpa do treinador...?
7) Parece que, para as redes sociais do Benfica, o jogo ainda não acabou, porque deixaram de publicar o que quer que fosse desde o 0-4... Tenham vergonha na cara, pá! Sejam homenzinhos e assumam o que se passou! O resultado envergonha-nos...? Claro que sim, mas não se esconde (ou deturpa) a história! No ano dos 7-1, ganhámos a dobradinha, só para dar um exemplo. Isto ainda não acabou! (Ou já...?)
Sim, se “o rei já ia nu”, não sei até que ponto é só o treinador. Claro que este tem grande parte da culpa, em especial nos cinco primeiros pontos que elenquei, porque o nosso plantel (mesmo sem laterais) é claramente superior ao dos rivais e estamos a apresentar a qualidade futebolística que estamos desde o início da época... Não é justificável o que se está a passar até agora! Tanto o que (não) estamos a jogar, como a maneira como, por exemplo, nos deixámos ser eliminados frente ao Estoril nas meias-finais da Taça da Liga. E esta eliminação é sintoma do ponto nº 6. E é esse que me preocupa mais. Porque se não quero mais uma ‘solução Nélson Veríssimo’ até final da época, também tenho consciência que as coisas não podem continuar como estão até agora...
sábado, março 02, 2024
Desvantagem
Tal como se esperava, o Roger Schmidt voltou a jogar sem ponta-de-lança, o que se revelou um enorme erro. Não poderíamos ter começado pior o jogo, ao sofrer o primeiro golo logo aos 9’ numa cabeçada do Pedro Gonçalves. E poucos mais lances de monta houve na 1ª parte, dado que a lagartada se fechou muito bem e nós éramos exasperamente lentos a circular a bola, o que lhes dava mais do que tempo para se organizarem na defesa. A jogar sem avançado de raiz, a nossa única hipótese seria apanhá-los em contrapé, tentando aproveitar a velocidade do Rafa, mas a jogar a 10 à hora isso é completamente impossível...! Em termos de oportunidade, só em cima do intervalo houve mais uma flagrante com o João Neves a Aursnes (novamente na lateral-esquerda) a impedir o Edwards de marcar e um canto quase directo do Di María, que o guarda-redes Israel defendeu.
A 2ª parte foi bastante mais dinâmica e houve uma alteração logo no reinício com a entrada do Morato para a saída do Bah, tendo passado o Aursnes para a lateral-direita. Aos 53’ sofremos o segundo golo pelo inevitável Gyökeres, que ultrapassou em velocidade o Oramendi e desfeiteou o Trubin. As coisas estavam muito negras para nós, porque não conseguíamos chegar à área contrária e já estávamos a perder por dois. O Schmidt lá se lembrou que tinha três(!) pontas-de-lança no banco e fez entrar o Tengstedt aos 61’ saindo o David Neres. Aos 68’, na nossa primeira jogada de perigo, reduzimos para 1-2 pelo Aursnes depois de um centro do Di María. Até que cinco minutos depois deu-se o caso do jogo, com o Sr. Fábio Melo no VAR a chamar o sr. Fábio Veríssimo para anular aquele que seria o 2-2 do Di María, por pretenso fora-de-jogo do Tengstedt, que teria impedido o Israel de ver o remate. Ora, o próprio Israel não esboçou o mínimo protesto, aliás, nenhum jogador lagarto o fez! Mais, o Israel vê perfeitamente a bola a ser rematada e a trajectória que vai percorrer, porque o Tengstedt não faz a mínima tenção de a jogar, até se desvia dela! A visão do guarda-redes sobre o lance é total! Ficámos todos embasbacados com esta decisão inacreditável. Até final, houve oportunidades de ambos os lados, com uma cabeçada do António Silva, que infelizmente saiu à figura e um golo anulado ao Nuno Santos (seria um golão) por fora-de-jogo anterior na jogada.
Em termos individuais, o António Silva foi de longe o melhor do Benfica, ao anular completamente o Gyökeres. O nosso azar foi que, no lance do golo dele, quem disputou a bola com o sueco foi o Otamendi... O João Neves também jogou bem, com especial relevo para a 2ª parte. O Di María estava a passar completamente ao lado da partida e de repente faz uma assistência e marca um golo (mal) anulado. O Aursnes merece igualmente uma palavra por ter deixado a eliminatória ainda em aberto e por manter um rendimento quase constante, apesar de andar sempre a saltar de posição...
Temos um plantel bastante melhor do que a lagartada, infelizmente o nosso treinador é muito pior. Estou convencido de que, com os treinadores trocados, teríamos ganho folgadamente. A nossa 1ª parte é de fugire a melhoria que houve na 2ª resulta mais da mais-valia dos nossos jogadores do que propriamente de um rasgo vindo do banco. Porque, já se sabe, que esse nunca vem. Voltámos a ver substituições aos 88’ e já na compensação, que é algo que nunca perceberei. Acabámos por conseguir um resultado bastante melhor do que a exibição, o que nos permite ainda sonhar com o Jamor.
terça-feira, fevereiro 27, 2024
Fim-de-semana perfeito
sexta-feira, fevereiro 23, 2024
Inconcebível
terça-feira, fevereiro 20, 2024
Goleada, mas...
Com a eliminatória frente ao Toulouse a meio, o Roger Schmidt rodou a equipa e entraram o Bah,
sábado, fevereiro 17, 2024
Fraco
segunda-feira, fevereiro 12, 2024
Incapacidade
No jogo deste campeonato com as condições climatéricas mais adversas até hoje, o Roger Schmidt fez o que qualquer um certamente faria...: tirou o ponta-de-lança possante, Arthur Cabral, e um peso-pesado do meio-campo, Florentino, e fez alinhar dois pesos-plumas (Rafa e Di María) na frente...! 🙄 Claro que todos nós ficámos muito surpreendidos por isto não ter resultado, certo...?! 🙄🙄🙄 O nosso futebol é baseado em bola na relva e troca constante dela entre os nossos jogadores, o que naquele terreno era obviamente bastante complicado. A partida foi por isso bastante dividida e o V. Guimarães chegou à vantagem aos 35’ através de um penalty convertido pelo Tiago Silva, a castigar falta escusada do Kökçü. Finalmente o Trubin só se atirou depois de ver para onde a bola ia, mas o remate foi indefensável (se tivesse sido como a maioria dos penalties do Estoril, teria defendido...). Era importante não chegar ao intervalo a perder e conseguimo-lo com o golo do Rafa aos 40’, depois de assistência do Di María.
Para a 2ª parte, o Schmidt fez entrar logo desde o início o Arthur Cabral e o Florentino... Ou seja, perdemos 45’ para nada, mas a cabeça do nosso treinador tem mistérios insondáveis... Até entrámos bem, pressionámos mais (pudera!), mas a enésima vez que o Morato foi batido na lateral-esquerda, conjugado com uma abordagem ao lance muito pouco convicta do António Silva, permitiu ao André Silva fazer o 2-1 aos 61’. Foi um pouco contra a corrente do jogo, mas tornou as coisas bastante complicadas, até porque estávamos a atacar para o lado do terreno que estava pior. Todavia, tivemos uma benesse aos 64’ numa entrada idiota e quase assassina do Borevkovic sobre o Florentino. Felizmente, não lhe acertou em cheio, caso contrário ter-lhe-ia de certeza partido uma perna. Ora muito bem, a jogar contra dez e em desvantagem, o nosso treinador tomou logo as rédeas do jogo para inverter a situação, certo...? Até porque tínhamos um banco cheio de opções válidas, correcto...? Não, errado!! Demorou 13’ a mexer na equipa, para colocar o Marcos Leonardo no lugar do inexistente Morato, puxando o Aursnes para defesa-esquerdo. Aurnes que, no entanto, para grande surpresa de todos nós adiantava-se no terreno, mas na hora de centrar tinha de passar a bola para o pé direito, perdendo completamente o timing da jogada... Aconteceu uma, duas, três vezes...! Ele há lá com cada uma...! É que não se estava mesmo a ver nada isto... Só aos 87’(!), ou seja, 23’ depois da expulsão, o Schmidt colocou um lateral-esquerdo de raiz, o Álvaro Carreras, que nos permitisse ter largura por aquele lado! Que, ainda por cima, não estava tão alagado quanto o lado direto do campo! Vinte e três minutos depois da expulsão!!! O espanhol entrou juntamente com o David Neres, que ainda conseguiu mostrar que também deveria ter entrado mais cedo. Conseguimos empatar 2-2 em cima dos 90’ numa boa cabeçada do Arthur Cabral a centro do Di María, mas já não tivemos tempo para mais, porque o Sr. Luís Godinho só deu seis minutos de desconto...! (Como disse, e bem, o Di María no final, os outros têm às dezenas de minutos de compensação, nós é isto...!) Ficou mais do que evidente que, tivéssemos nós feito as substituições e arriscado mais cedo, poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. Ficou mais do que evidente para toda a gente que estivesse a ver o jogo com olhos de ver, caso que infelizmente raramente acontece com o nosso treinador, que vê sempre uma outra coisa totalmente diferente...
Em termos individuais, o Di María com duas assistências merece uma palavra, embora tenha acabado o jogo de rastos (como é óbvio, dado que jogou os 90’ de Vizela há três dias...!), o Rafa só fez o golo e pouco mais, mas o melhor do Benfica terá mesmo sido o Trubin que impediu o 3-1 com o V. Guimarães já com dez, além de outra magnífica defesa na 1ª parte a um remate cruzado. Quanto aos menos, o António Silva não esteve nada bem, o João Neves terá feito o pior jogo desde que está na primeira equipa e já nem há adjectivos para o Morato (por estar a jogar num lugar que não é claramente o dele) e principalmente para o João Mário.
Esta era uma partida que tínhamos de fazer tudo para ganhar, depois de os lagartos terem feito o que fizeram ao Braga. E obviamente não fizemos. Só há um responsável por isso. Alguém com uma incapacidade gritante de perceber o que se passa em campo durante os jogos. Ou então, alguém que vive noutro mundo, que não é de todo o da realidade que o resto do mundo vê. Não vaticino nada de bom para o que resta da época.
sábado, fevereiro 10, 2024
Perdulários
terça-feira, fevereiro 06, 2024
Modelar
Senhores jogadores e equipa técnica do Glorioso Sport Lisboa e Benfica: tomem bem nota do que aconteceu neste jogo, revejam-no vezes sem conta, que ele é exemplificativo do que queremos para o resto da época. Vitória tranquila, com dois golos na 1ª parte e outro no início da 2ª, e quase nenhumas oportunidades para o adversário, enfim aquela monotonia boa de que eu tinha grandes saudades. E calculo que os meus consócios também. Claro que para isso ajudou (e de que maneira!) entrarmos em campo com 11 jogadores ao fim de não-sei-quantos meses! O Schmidt resolveu (FINALMENTE!) colocar o João Mário no banco, alinhando o Aursnes no seu lugar e fazendo regressar o Bah à lateral-direita. Fez toda a diferença ter o norueguês e não um morte lenta naquele lugar! Para além disso, também o Florentino foi titular em detrimento do Kökçü, o que fez com que a equipa defendesse muito mais à frente, mesmo que ele não tenha feito um jogo brilhante. Os dois primeiros golos surgiram de pontapés de canto (coisa raramente vista, ena, ena!) do Di María: aos 15’, excelente cabeçada do Arthur Cabral e aos 34’ jogada de insistência do João Neves, concretizada por ele próprio, quiçá para grande alívio dos lagartos que já deviam achar que o nº 87 só lhes marcava golos a eles.
Na 2ª parte, o Rafa fez o 3-0 logo aos 49’, depois de uma boa combinação atacante em que também participaram o Aursnes e o Morato, e a partida ficou logo ali resolvida. De tal forma, que o Schmidt fez substituições bem mais cedo do que o costume e deu para ver que o Álvaro Carreras tem de ser titular rapidamente na lateral-esquerda, porque ao menos é nativo do lugar. Ainda tivemos mais algumas oportunidades, nomeadamente uma trivela do Rafa, mas não conseguimos marcar mais nenhum. Os jogadores que entraram também não conseguiram abanar com o jogo da forma que era suposto. Do lado do Gil Vicente, só por uma vez e já perto do final é que o Trubin foi posto à prova.
Em termos individuais, o destaque vai novamente para o Arthur Cabral, com mais um golo e uma cabeçada ao poste ainda antes dele. É incrível a transformação que teve, depois de uma entrada no clube completamente em falso. O Rafa está igualmente numa grande veia goleadora e deve estar a fazer a Direcção considerar seriamente a possibilidade de perder a cabeça na tentativa de renovar o contrato. O João Neves, já se sabe, não consegue simplesmente jogar mal e mantenho a minha: o Florentino é essencial naquele meio-campo. O Di María tem o condão de estar na maioria dos nossos golos e o Bah regressou como se nunca tivesse estado de fora: que pulmão!
Vamos entrar numa sequência terrível de jogos e é bom sinal que a equipa esteja a melhorar em termos exibicionais. Além de que o regresso de lesionados de longa data (Bah e Neres), juntamente com os três reforços que já estão disponíveis, aumentou bastante o leque das nossas opções. Nesta 5ª feira, iremos a Vizela para a Taça de Portugal e não podemos falhar. Já bastou a desilusão da Taça da Liga, além de que (repito pela enésima vez!) urge rapidamente começar a inverter o nosso vergonhoso histórico dos últimos 25 anos na Taça de Portugal.
quinta-feira, fevereiro 01, 2024
Reviravolta
domingo, janeiro 28, 2024
Desilusão
O Roger Schmidt voltou a dar a titularidade ao Musa, passados vários meses, mas o croata terá feito das menos conseguidas exibições com o manto sagrado. Não entrámos nada bem e aos 16’ sofremos o 0-1 pelo Guitane, num lance em que o Morato lhe deu espaço a mais dentro da área. Foi a primeira e única oportunidade do Estoril no jogo inteiro! O que se viu a partir dali foi um festival de desperdício, que não abona nada a nosso favor. O Di María, completamente isolado e com a bola dominada, acertou no guarda-redes, já depois de o Rafa ter rematado de primeira na marca de penalty, estando também isolado, quando tinha tido tempo de dominar a bola e perguntar ao guarda-redes para onde a queria. O António Silva em dois cantos também falhou a baliza por muito pouco. Ou seja, tivemos oportunidade para deixar o jogo fechado ainda na 1ª parte e fomos para o intervalo a perder...
Na 2ª parte, apesar de o Musa não ter estado nada feliz, de o João Mário continuar no seu nível habitual e de o Morato ser uma inexistência atacante na lateral-esquerda, o Schmidt não fez logo nenhuma substituição. Mesmo assim conseguimos empatar aos 58’ pelo Otamendi num remate rasteiro dentro da área, depois de uma boa simulação do Musa (a única boa acção dele no jogo) na sequência de um passe do João Mário (a única boa acção dele em vários jogos...). A 20’ do fim, o Schmidt fez entrar o Marcos Leonardo e o Tiago Gouveia, tirando o Musa e o Kökçü, e deixando o João Mário em campo. Piorámos consideravelmente sem o turco e o Marcos Leonardo juntou-se ao desacerto geral, atirando ao lado quando só tinha o guarda-redes pela frente. No último lance da partida, o Di María atirou uma bomba de fora da área que o guarda-redes Dani Figueira desviou para o poste. Seria o golo do ano...! Nos penalties, o Marcos Leonardo marcou muito mal (aliás, como já tinha feito no Brasil), rasteiro e para o meio da baliza, e o Tomás Araújo, que entretanto também tinha entrado, rematou ao lado. Na nossa baliza, continuo a não perceber porque é que, com aquela altura e aquela extensão de braços, o Trubin não se atira só depois de ver para onde é que a bola vai. Teria defendido mais uns dois ou três penaltys assim (só defendeu um), dado que a maior parte deles não foram nada colocados. Foi assim que ganhámos uma Supertaça ao Rio Ave, segundo o que disse na altura o Artur Moraes: só se atirou depois de ver para onde a bola ia.
Em termos individuais, perante tamanho desperdício, torna-se difícil destacar alguém, mas eventualmente o João Neves terá sido o melhor. Apesar de não ter estado brilhante, notou-se a falta do Kökçü parte final da partida. Houve uns minutos de estreia do lateral-esquerdo Álvaro Carreras e, em termos atacantes, viu-se logo uma melhoria (também não era difícil...). Já em termos defensivos, aquela bola que ele deixa passar por cima, falhanço completamente a cabeçada, não augura nada de bom...
Deixámos fugir a oportunidade de disputar um troféu, em que tínhamos obrigação de ter ido à final. Não me interessa se é o terceiro na hierarquia nacional, interessa-me é que já não o ganhamos há muitos anos e não se compreende como continuamos a desperdiçar ocasiões como esta.